O presidente da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) defende que a vitivinicultura e o enoturismo podem contribuir para fixar população nas zonas rurais do país e deu os Açores como um exemplo a seguir.
“Nós acreditamos que através da cultura do vinho, que é algo endógeno aos nossos territórios, e através do enoturismo temos a possibilidade de inverter [o êxodo rural], de acrescentar valor a esses territórios, de criar condições para reter quem está nesses meios rurais e inclusive de atrairmos pessoas”, afirmou, em declarações à Lusa, o presidente da AMPV, Luís Encarnação.
O responsável falava, na Praia da Vitória,à margem da sessão de abertura da conferência europeia "Desafios e Potencialidades dos Territórios Rurais", organizada no âmbito do projeto In Rural Connect.
Até sábado, cerca de quatro dezenas de participantes de Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia vão debater as potencialidades e desafios dos territórios rurais, no contexto da promoção e valorização da sua oferta enoturística, passando pelas ilhas Terceira, Faial, Pico e São Jorge.
O presidente da AMPV reconheceu que atrair novos produtores para a cultura da vinha é um desafio, mas disse acreditar que a vitivinicultura e o enoturismo têm potencial em Portugal.
“Quando juntamos o vinho e a gastronomia, um alojamento de grande qualidade, a segurança e a tranquilidade dos nossos territórios, e quando somos capazes de juntar a tudo isso as experiências que nos nossos territórios, sobretudo nos espaços rurais, é possível proporcionar, temos as condições para podermos contribuir para desenvolver esses territórios”, apontou.
Segundo Luís Encarnação, os Açores são um exemplo que “se pode replicar noutros territórios”.
“Achamos que é um território de uma beleza fantástica, no meio do oceano Atlântico, que produz, desde há muitos anos, vinho de grande qualidade, que está em grande expansão. O turismo também está em grande desenvolvimento”, frisou.