O deputado faialense Luís Garcia, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, obteve 39 votos na eleição para presidente da Assembleia Regional, na sessão desta tarde.
Era candidato único, em resultado de um acordo estabelecido previamente entre a coligação e o Partido Socialista.
Votaram contra, dois deputados e 16 abstiveram-se.
Há três anos, quando foi eleito pela primeira vez, Luís Garcia conseguiu 29 votos, no limite necessário para a eleição.
A sessão constitutiva do Parlamento ficou marcada pela exibição de cartazes por parte dos deputados do Chega, com a palavra vergonha, numa atitude de protesto por José Pacheco, líder daquele partido, não ter conseguido votos suficientes para ser eleito como vice-presidente.
A atitude insere-se na linha de intervenção do Chega a nível nacional, na Assembleia da República, e nunca tinha sido vista na Assembleia Regional dos Açores.
Na sessão desta tarde foram ainda eleitos Joaquim Machado e João Vasco Costa, como vice-presidentes.
O segundo obteve 47 votos a favor, cinco contra e cinco abstenções.
Quanto a Joaquim Machado, obteve 33 votos a favor, 18 contra e seis abstenções.
José Pacheco, líder regional do Chega, que também concorreu a vice-presidente, conseguiu apenas sete votos a favor e 50 contra.
Foi na sequência do anúncio do resultado que os deputados do chega levantaram os cartazes “vergonha”, o que lhes valeu uma referência de reprovação de Joaquim Machado, que presidia à Mesa provisória.
Foram ainda eleitos secretários da Mesa, representando o PSD, a deputada Nídia Inácio e, representado o Partido Socialista, Lubélio Mendonça.
A primeira obteve 39 votos a favor, nove contra e nove abstenções.
O segundo registou 47 votos a favor, cinco contra e cinco abstenções.
No final da sessão, à qual compareceu a totalidade dos membros do Governo, Luís Garcia, após ocupar o seu lugar, fez um breve discurso de circunstância.
Garantiu “isenção” na condução dos trabalhos, “diálogo” e “compromisso”.
Agradeceu a “confiança renovada”, uma vez que ocupa o lugar pela segunda vez, pois foi presidente nos últimos três anos, cargo para que foi eleito após as eleições de 2020.