26 de Abril de 2023
Vereadores do Partido Socialista votam contra Contas do Município de 2022
Rui Gonçalves

rui.incentivo@gmail.com
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Aumento das despesas correntes esteve na base da opção

O Relatório de Gestão e as Contas do Município da Horta foram aprovados na reunião de Câmara na semana passada, apenas com os votos favoráveis do PSD.

Os vereadores do PS promoveram uma conferência de imprensa para apresentar aos jornalistas as razões do voto contra.

O aumento das despesas correntes foi uma das principais razões que levou à opção dos socialistas, agora na oposição. De 2021 para 2022 as despesas correntes da Câmara cresceram mais de um milhão de euros, correspondendo a 26%.

José Leonardo explicou que, por ocasião da aprovação do Orçamento para o ano passado, verificava-se uma diminuição no valor das despesas correntes, ao que o PS reagiu na altura, considerando que não podia ser a Câmara reduzir despesas correntes. Efetivamente aconteceu o contrário.

Para o vereador José Leonardo o que a Câmara fez foi “enganar” os cidadãos, uma vez que previu reduzir o que afinal aumentou, e “a Câmara já sabia que isso ia acontecer”.
Segundo explicou o anterior presidente da Câmara, o aumento das despesas correntes foi coberto com o saldo transitado do ano anterior.

José Leonardo salientou a redução conseguida pelo executivo no que respeita a dívida de terceiros, dando como motivo nomeadamente a cobrança da água que, durante a pandemia sofreu um agravamento, agora recuperado.

Mas apontou também outras críticas. Falou de aumento da dívida a fornecedores e da gestão da empresa municipal UrbHorta que, para melhorar os seus resultados procedeu a uma valorização extraordinária dos cavalos que possui, chamados agora ativos biológicos, entre outros aspetos. A valorização dos cavalos foi, num ano, de 80% o que, para Leonardo, é impossível. “Dá muito nas vistas”.

Na conferência de imprensa o vereador da oposição, e referindo-se ainda ao aumento das despesas correntes, deu mais algumas explicações.

As despesas aumentaram, mas nem sequer foi com pessoal, disse, lembrando que nos próximos anos esta terá que ser uma realidade.

Para concretizar aquilo que designou por “voto convicto” e não “político”, explanou os números. 

Uma explicação poderia estar nos dois anos em que não se realizou a Semana do Mar, o que permitiu controlar um pouco mais as despesas. Mas para desmontar este argumento referiu que, mesmo por comparação com 2019, ano em que houve Semana do Mar, as despesas aumentaram cerca de um milhão de euros, na ordem dos 15%. 

Portanto a explicação terá que ser outra. E pode estar também na realização de festas. A propósito recordou que os vereadores da oposição fizeram um requerimento ao executivo para ficarem a conhecer os valores e os respetivos documentos, designadamente da Festa Branca, não tendo ainda obtido resposta.

E José Leonardo questiona: onde está o retorno para o comércio, por exemplo, ou para o valor do PIB?

Para sublinhar a sua discordância, que resumiu na frase “este não é o caminho certo”, enumerou ainda o que a Câmara não fez. São, por exemplo, os casos do Caminho do Castelo, em Castelo Branco, do Caminho Fundo, na Matriz, do furo do Lameiro Grande, ou da Piscina encerrada. 

O Relatório de Gestão e as Contas do Município da Horta foram aprovados na reunião de Câmara na semana passada, apenas com os votos favoráveis do PSD.

Os vereadores do PS promoveram uma conferência de imprensa para apresentar aos jornalistas as razões do voto contra.

O aumento das despesas correntes foi uma das principa…





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