28 de Março de 2023
Jornalistas dos Açores refletem sobre desafios atuais
Lusa

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I Congresso realiza-se em abril

O I Congresso dos Jornalistas dos Açores, que decorre em abril, visa promover “uma reflexão séria e serena” sobre a profissão “nas suas especificidades próprias de ilhas”, volvidos 40 anos desde o primeiro encontro de jornalistas açorianos, foi ontem anunciado.

Organizado pela Direção Regional do Sindicato dos Jornalistas dos Açores o encontro, sob o lema ‘(Re)pensar o jornalismo insular, nas suas especificidades próprias de ilhas e respetivas dificuldades’, decorre de 28 a 30 de abril, na Aula Magna da Universidade dos Açores, em Ponta Delgada.

A comissão organizadora sublinha que desde o I Encontro dos Jornalistas Açorianos, em 1983, “a paisagem mediática açoriana alterou-se profundamente”, justificando-se uma “nova abordagem reflexiva sobre as principais preocupações do jornalismo atual e os desafios neste novo século”.

“Esta será a oportunidade para uma reflexão séria e serena por parte de todos os profissionais acompanhada pelo olhar da cidadania ativa e das instituições”, realça a organização.

A organização assinala que, durante estes anos, os Açores “perderam muitas publicações”, algumas centenárias, e o aparecimento dos média digitais, das redes sociais do chamado “jornalismo do cidadão”, motivou novos desafios.

“Num mundo onde a desinformação e as notícias falsas ameaçam a esfera pública e o jornalismo da verdade, impõe-se um debate profundo sobre o papel do jornalismo sério e de qualidade”, sublinha a comissão organizadora.

A história dos Açores “confunde-se com a sua imprensa, rádio e televisão, a que se junta agora o jornalismo digital, pelo que a responsabilidade dos media é cada vez mais crescente”, frisa a organização, assinalando a abordagem de temas como a formação de recursos humanos, a precariedade da profissão, a “ausência de regulação regional”, a questão dos apoios públicos ou ainda “a fragilidade das empresas” e as “aspirações dos media tradicionais e dos novos media”.

“Este congresso de jornalistas açorianos é a garantia de que não receamos os desafios e estamos prontos para os encarar em união, mas com a mesma diversidade plural que se exige na profissão”, vinca a organização.

O I Congresso Regional dos Jornalistas dos Açores vai contar com profissionais de vários pontos do arquipélago, com oradores nacionais e internacionais, como é o caso de Michael Rezendes, Prémio Pullitzer 2003 pelo trabalho desenvolvido na equipa de investigação do jornal “Boston Globe”, que expôs os casos de abusos sexuais perpetrados em Boston por membros da Igreja Católica e em 2014 venceu novamente o prémio pelo trabalho sobre o atentado na maratona de Boston.

O encontro vai ainda prestar homenagem ao jornalista açoriano Mário Mesquita, pelo seu percurso, “exemplo na profissão” e pelo legado deixado às várias gerações que formou.

O Congresso inclui ‘workshops’ e painéis temáticos sobre os desafios da comunicação social privada, o papel do serviço público, do ensino à integração no mercado de trabalho, a desinformação na era dos novos média, o jornalismo de investigação e o futuro do jornalismo.

No primeiro dia do congresso serão inauguradas as exposições “Mário Mesquita. O jornalista, o político, o professor”, e “Como foi há 40 anos?”, no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande.

O congresso é organizado em parceria com a Universidade dos Açores, a Associação Literacia para os Media e Jornalismo e o Sindicato de Jornalistas.

O I Congresso dos Jornalistas dos Açores, que decorre em abril, visa promover “uma reflexão séria e serena” sobre a profissão “nas suas especificidades próprias de ilhas”, volvidos 40 anos desde o primeiro encontro de jornalistas açorianos, foi ontem anunciado.

Organizado pela Direção Regional do Sindicato dos Jornalistas dos Açores o encontro, sob o lema ‘(Re)pensar …





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