27 de Março de 2023
Vasco Cordeiro acusa Governo de conduzir região para “beco sem saída”
Lusa

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O líder do PS/Açores acusou o Governo Regional, e os partidos que o apoiam, de conduzirem a região para “uma situação de beco sem saída”, alertando para “a degradação das finanças públicas”.

“Os números demonstram que a região está a ser conduzida por este Governo e pelos partidos que o apoiam para uma situação de beco sem saída”, afirmou Vasco Cordeiro, antigo presidente do Governo dos Açores, no último dia das jornadas parlamentares dos socialistas açorianos, subordinadas ao tema “Coesão Económica e Social da Ilha do Pico”.

O também deputado no parlamento açoriano referiu-se aos dados tornados públicos relativos ao défice e à dívida pública da região de 2022.

“Infelizmente são dados que confirmam os alertas que o PS tem vindo a fazer quanto à degradação das finanças públicas da região”, apontou o líder regional socialista, alertando que “em dois anos” houve “um aumento do défice de cerca de 800 milhões de euros”.

Além disso, houve “um aumento da dívida pública que ultrapassa os 600 milhões de euros”, o que “dá uma média, em dois anos, de 300 milhões de euros de aumento da dívida pública”.

Para o líder do PS/Açores os dados em causa “evidenciam o caminho de degradação” que a região está “a fazer”, apesar do “aumento de receitas de impostos”.

“Os Açores batem em 2022 o triste recorde quer em termos de dívida pública da região, quer em termos de défice”, vincou.

Vasco Cordeiro disse que se tratam de dados “muito preocupantes”, que surgem na sequência de “um conjunto de alertas”.

“Não estamos apenas a falar de um Governo que é fonte de instabilidade política”, afirmou, considerando que o Governo Regional está também “a falhar” com “compromissos que assumiu, inclusive, com alguns dos seus parceiros”.

Vasco Cordeiro considerou ainda que a situação “de degradação das finanças públicas” no atual contexto “equivale também à degradação das condições” para que se possa “usar a Autonomia em benefício das famílias e das empresas” face à atual crise inflacionista.

“Este Governo mantém-se não é porque o PS não apresentou uma moção de censura. Este governo mantém-se porque há partidos políticos que o suportam na Assembleia Regional”, frisou.

A 8 de março, o deputado único da IL no parlamento açoriano, Nuno Barata, rompeu o acordo de incidência parlamentar de suporte ao Governo dos Açores, chefiado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, e depois o independente Carlos Furtado, ex-Chega, também rompeu com esse acordo.

Entretanto, os dois deputados admitiram negociar “ponto a ponto” com o Governo dos Açores para manter a estabilidade governativa na região.

Os três partidos que integram o Governo Regional têm 26 deputados na assembleia legislativa e contam agora apenas com o apoio parlamentar do deputado do Chega, José Pacheco, somando assim 27 lugares num total de 57, pelo que perdem a maioria absoluta.

O PS venceu as eleições legislativas regionais de 25 de outubro de 2020 nos Açores, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.

Em 7 de novembro de 2020, o representante da República indigitou o líder da estrutura regional do PSD, José Manuel Bolieiro, como presidente do Governo Regional, justificando a decisão com o facto de a coligação PSD/CDS-PP/PPM ter apoios que lhe conferiam maioria absoluta na assembleia legislativa.

O líder do PS/Açores acusou o Governo Regional, e os partidos que o apoiam, de conduzirem a região para “uma situação de beco sem saída”, alertando para “a degradação das finanças públicas”.

“Os números demonstram que a região está a ser conduzida por este Governo e p…





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