16 de Maio de 2022
Assegurado médico no Corvo após exoneração
Lusa

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O secretário Regional de Saúde dos Açores garantiu que o Corvo não vai ficar sem médico, e poderá até “ter dois”, recusando motivações político-partidárias na cessação de funções do presidente da administração da Unidade de Saúde.

“A cessação de funções determinada por despacho diz respeito à presidência do conselho de administração da Unidade de Saúde de Ilha do Corvo. As funções de António Salgado como médico e delegado de saúde no Corvo não estão em causa”, afirmou Clélio Meneses, em declarações aos jornalistas na Horta, à margem do plenário da Assembleia Legislativa Regional.

O governante explicou ainda que o médico “manifestou a intenção de exercer atividade noutra ilha”, o que dependerá “de um pedido de mobilidade e da decisão da tutela”, considerando que “seria uma irresponsabilidade” deixar o Corvo “sem médico”.

Clélio Meneses garantiu, contudo, que a mais pequena ilha dos Açores “não ficará sem médico” e, “possivelmente, até vai ter dois”.

O secretário Regional negou “absolutamente” que o deputado do PPM, Paulo Estêvão, tenha tido qualquer interferência na decisão da tutela.

Em declarações à Antena 1/Açores, o médico António Salgado considerou que a decisão da tutela resultou de “uma particularidade do Corvo, que é ser mandado de uma forma arbitrária, quase absoluta, por uma figura que é o dono disto tudo e que gere a ilha como se fosse um jogo de tabuleiro, o deputado do PPM”.

Também em declarações aos jornalistas na Horta, Paulo Estêvão, deputado do PPM eleito pelo Corvo, assegurou ser “mentira qualquer tipo de interferência neste processo”.

“O médico não está a ser afastado da ilha. Apenas foi afastado de presidente do conselho de administração. Pode continuar como médico. Só não continua se não quiser”, frisou Paulo Estêvão.

Para o deputado, o médico “quer sair porque, perante a perspetiva de o Governo colocar mais um médico na ilha, já não vai ganhar tanto dinheiro”.

“Se tiver de dividir as funções, vai ganhar muito menos. E eu sou o bode expiatório”, lamentou, acusando o profissional de saúde de estar a “instrumentalizar a população, que gosta dele”.

“Se eu fosse o dono disto tudo, não lhe daria o direito à mobilidade para outra ilha, para não ser mentiroso”, insistiu, salientando que a decisão de cessar as funções do médico como presidente do conselho de administração se devem ao facto de “não conseguir trabalhar com as pessoas”.

De acordo com Paulo Estêvão, “dois membros do conselho de administração dizem que não conseguem trabalhar com ele”.

Clélio Meneses explicou, por outro lado, que a decisão relativa à cessação de funções “decorre do normal funcionamento de relacionamento entre a tutela e o conselho de administração”.

O secretário Regional de Saúde dos Açores garantiu que o Corvo não vai ficar sem médico, e poderá até “ter dois”, recusando motivações político-partidárias na cessação de funções do presidente da administração da Unidade de Saúde.

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