Cumprindo-se os ciclos regulares, as próximas eleições a nível nacional serão as europeias. Também haverá eleições na Madeira, interessantes de seguir. Para as europeias fala-se de candidatos nos noticiários nacionais. Os nomes mais repetidos são, no Partido Socialista, Marta Temido e no PSD, Rui Moreira. Confesso que ainda não ouvi nada sobre os açorianos que poderão vir a integrar as listas daqueles partidos. Neste momento, quando já se vai falando também por cá em eleições regionais, alguém pôs a circular que a anunciada coligação, que aliás está no Governo, não se desfazendo embora para a batalha eleitoral do próximo ano, poderá não concorrer em todos os círculos eleitorais. Ao que parece há muitas resistências do PSD em algumas ilhas, que não querem votar em listas com a participação do CDS e do PPM. Seria uma solução espúria para tentar salvar a contabilidade eleitoral. No caso das eleições europeias, o CDS e o PPM terão mesmo que ficar de fora. Voltando às regionais, alguns espíritos mais frenéticos já se apressaram a encontrar a solução. Passa simplesmente, em caso de vitória eleitoral e consequente formação de novo Governo da coligação, pelo saneamento de Artur Lima do executivo. Só que um Governo de coligação terá sempre que contar com o líder do CDS, como teria que contar com o líder do PPM, não fosse ele necessário para salvar a honra do convento ao partido na Assembleia Regional. E de caminho afirma-se como líder parlamentar da coligação, papel a que se arrogou ao longo destes dois anos e tal. Qual seria então a exigência de contrapartida por parte de Artur Lima? Simplesmente a presidência da Assembleia. Nada melhor. Todavia parece-me ser uma equação difícil. Há uns anos atrás, eu diria que era impossível. Conheço antigos deputados do PSD que nunca dariam o seu voto ao líder do CDS. Agora, não sei. Apesar das antipatias e desinteligências que Luís Garcia tem encontrado no seio do seu próprio partido, que lhe podem comprometer a cadeira onde agora se senta e com certeza gostaria de continuar a ocupar. Veremos quem tem mais força. A vontade de estar no poder é tanta que quase tudo é admissível. Ainda quanto às europeias não são de esperar nomes sonantes. O PS já exportou Francisco César para a República, a principal ameaça a Vasco Cordeiro. Não tem que fazê-lo agora. No caso de não ganhar as eleições, qual será a ameaça a Bolieiro?