06 de Janeiro de 2025
Avião da SATA colide com “bando significativo” de gaivotas a descolar de Ponta Delgada
Lusa

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Um Airbus A320 da SATA colidiu com um “bando significativo” de gaivotas (Bird strike) durante uma descolagem em Ponta Delgada, obrigando a aeronave a declarar emergência e a regressar ao aeroporto, reportando problemas nos dois motores.

A colisão aconteceu na quinta-feira, 2 de janeiro, e foi confirmada hoje à agência Lusa por várias fontes aeronáuticas.

Segundo as mesmas fontes, o A320, com destino a Lisboa, descolou às 13h40 do Aeroporto João Paulo II, mas “imediatamente após a descolagem declarou emergência devido ao embate num bando significativo de gaivotas”, tendo a aeronave prosseguido para a aterragem, o que aconteceu, em segurança, 18 minutos depois, “reportando problemas nos dois motores”.

Questionado hoje pela Lusa, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) diz que foi notificado do “incidente pelo gestor aeroportuário [ANA], pelo operador envolvido [SATA] e pela NAV Portugal”, empresa responsável pela gestão do tráfego aéreo.

Este organismo acrescenta que “iniciou um processo de recolha de informações junto do gestor aeroportuário relativamente às medidas implementadas e em aplicação no dia, previstas nos regulamentos” que contemplam a redução do risco de ‘wildlife strike’.

As mesmas fontes da aviação alertam também para o facto de os controladores aéreos não conseguirem visualizar toda a pista de Ponta Delgada, pois à frente da torre de controlo foi construído o quartel dos bombeiros que prestam serviço no aeroporto.

Os controladores aéreos apenas conseguem ver o início e o fim da pista, sendo o resto da mesma visível apenas através de um sistema de CCTV - Circuito Fechado de Televisão, o que, segundo estas fontes, não permite aos controladores aéreos observarem devidamente a eventual presença de aves, “o que diminuiu significativamente a segurança da operação”.

Questionado sobre esta situação, o GPIAAF sublinha que “o processo de deteção, controlo e mitigação de riscos de vida selvagem nos aeródromos é assegurado por várias fontes de informação em que o ATC [controlador aéreo] é uma parte importante”.

“Efetivamente, a zona de asfalto onde ocorreu a colisão com as aves não é visível da torre. As circunstâncias do evento assim como as medidas de mitigação em vigor na infraestrutura no momento da ocorrência serão oportunamente divulgadas pelo GPIAAF em documento apropriado à sequência que resultar da avaliação em curso no âmbito das competências deste gabinete”, refere o organismo.

A Lusa questionou hoje a ANA, gestora aeroportuária, e a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), regulador do setor, sobre o plano de segurança, o quartel de bombeiros construído em frente à torre de controlo e que medidas estão a ser implementadas atualmente no Aeroporto de Ponta Delgada para mitigar o risco de ‘Bird strikes’, mas, até ao momento, não obteve resposta.

Um Airbus A320 da SATA colidiu com um “bando significativo” de gaivotas (Bird strike) durante uma descolagem em Ponta Delgada, obrigando a aeronave a declarar emergência e a regressar ao aeroporto, reportando problemas nos dois motores.

A colisão aconteceu na quinta-feira, 2 de janeiro, e foi confirmada hoje à agência Lusa por…





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