O PS/Açores anunciou hoje que vai votar contra o Plano e Orçamento dos Açores para 2025, considerando que aqueles documentos consagram um “conjunto de políticas erradas” e lamentando a falta de resposta do executivo às propostas socialistas.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, intitulada “Porque não podemos viabilizar Orçamento da Região para 2025?”, o líder do PS/Açores, Francisco César, assinala que o partido “sempre se afirmou disponível para viabilizar" o documento "através de uma abstenção”.
O também deputado na Assembleia da República defende a importância de existir um Orçamento da região “livre de influência de partidos extremistas, fascistas, ignorantes e irresponsáveis como o Chega”, mas realça que o Governo dos Açores “escolheu o seu caminho”.
“Por tudo isso, e também pelo facto de, aparentemente, quase nenhuma proposta de alteração do PS poder vir a ser aprovada, torna-se, infelizmente, impossível, podermos viabilizar o Orçamento da região para o ano de 2025”, anuncia o socialista.
Francisco César recorda que o PS apresentou “mais de 20 propostas concretas, enviadas previamente ao debate Orçamental” para “construir consensos através do diálogo” e da “negociação discreta e leal”.
“O PS sempre se afirmou disponível para viabilizar, através de uma abstenção, o Orçamento da Região Autónoma dos Açores. Que não haja dúvidas, este Orçamento consagra um conjunto de políticas erradas, de que discordamos, dirigidas apenas a alguns, privilegiados, em detrimento da maioria do povo açoriano”, sublinha.
O presidente do PS nos Açores advoga que o Governo Regional “tornou clara a sua opção política em termos de parceiro preferencial ao ceder ao Chega” na aplicação do critério para priorizar filhos de pais com emprego no acesso à creche.
“Há matérias que são inegociáveis para o PS. Podemos discutir como é que alargamos a rede de creches, mas nunca poderemos negociar que crianças teremos de retirar das creches ou castigar crianças pelas dificuldades dos seus pais”, sublinha.
O Orçamento dos Açores para 2025, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM para o próximo ano, atinge os 1.913 milhões de euros, dos quais cerca de 819 milhões são destinados aos investimentos previstos no Plano.