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O aparecimento de peixes em condições invulgares em várias ilhas dos Açores motivou uma posição pública por parte da Federação de Pescas dos Açores.
Em comunicado, o respetivo presidente revela que, no seguimento da notícia da RTP Açores relativamente ao aparecimento da Espécie de Mero (Epinephelus marginatus) à superfície das águas das Ilhas das Flores e Corvo - mais recentemente - no Faial, Pico e Graciosa, a Federação das Pescas dos Açores (FPA) “mostra a sua preocupação sobre quais os possíveis impactos para a saúde pública”.
A espécie referida anteriormente tem sido encontrada moribunda (sem equilíbrio), à superfície da água, uma vez que a sua bexiga natatória está instigada, contudo, o impacto da pesca já foi afastado como possível explicação para este fenómeno, explica o comunicado. Isto porque, desde o dia 8 de agosto de 2024, até ao final do trimestre, a quota para a captura de Mero está encerrada.
A Federação das Pescas dos Açores, em articulação com a Direção Regional das Pescas (DRP) tem vindo a acompanhar esta situação e tem conhecimento que foram recolhidas amostras de vários exemplares de Mero para a realização de análises.
“Estamos disponíveis para continuar a colaborar junto das entidades competentes, como é o caso do Governo Regional e do Departamento de Oceanografia e Pescas, para que juntos consigamos encontrar as melhores soluções e mitigar ao máximo os impactos relacionados com esta situação”, avança Jorge Gonçalves.
A Federação das Pescas dos Açores apela aos seus associados, pescadores e população em geral, que tomem as devidas precauções: que não capturem ou consumam meros que sejam avistados nestas condições.
A Federação solicitou ainda à Direção Regional das Pescas que se mantenha fechada a captura da Espécie Mero, tanto pela pesca profissional como pela pesca lúdica, até estarem disponíveis os resultados das análises.