A Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores manifestou hoje “profunda discordância e preocupação” com o fecho de balcões de atendimento da SATA em várias ilhas do arquipélago e apelou à administração que reconsidere a decisão.
Em comunicado, o conselho de administração da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA) revela “a sua profunda discordância e preocupação com a recente decisão do Grupo SATA de encerrar os balcões de atendimento ao público em várias ilhas do arquipélago”, a partir de quinta-feira.
“Consideramos que esta medida, que visa concentrar os serviços de atendimento, representa uma séria ameaça ao acesso justo e equitativo aos serviços de transporte aéreo por parte dos residentes de todas as ilhas”, lê-se na nota.
Para a AMRAA, o encerramento dos balcões da companhia aérea açoriana “implica não só a diminuição da qualidade do atendimento, mas também a exclusão de muitos cidadãos, particularmente os mais vulneráveis, os idosos, que podem enfrentar dificuldades em aceder aos serviços de forma digital ou através de canais alternativos”.
A associação sublinha a importância de a SATA manter os balcões de atendimento ao público em todas as ilhas dos Açores, garantindo “a proximidade e a acessibilidade aos serviços de transporte aéreo”.
“Esta presença é essencial, não só para atender às necessidades dos residentes locais, mas também para apoiar o desenvolvimento económico e social de cada uma das ilhas, concretamente as mais periféricas”, justifica.
Além disso, acrescenta, os balcões são essenciais à prestação de serviços de qualidade a quem visita os Açores e, em especial, aos emigrantes.
Por outro lado, a associação considera ainda fundamental que a SATA, enquanto empresa pública, “continue a assumir um papel de responsabilidade social, garantindo que todos os cidadãos açorianos tenham acesso igualitário aos seus serviços”.
Assim, a AMRAA apela à administração do Grupo SATA que reconsidere a decisão e “procure soluções alternativas que não prejudiquem o acesso dos açorianos, dos emigrantes e dos turistas aos serviços de transporte aéreo, preservando o princípio da equidade e o direito à mobilidade”.
“Confiamos que através do diálogo e da cooperação seja possível encontrar um caminho que respeite e valorize a diversidade e as necessidades de todas as nossas ilhas e de todo nossos concelhos”, salienta.