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05 de Julho de 2024
Greve da Atlânticoline gera indignação nos empresários
Fernando Lemos

lemosincentivo@gmail.com
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Empresários do Faial e do Pico unem-se contra greve

O pré-aviso de greve anunciado pelo sindicato dos trabalhadores da Atlânticoline está a gerar muita preocupação nos associados da Câmara do Comércio e Indústria da Horta CCIH), da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico (ACIP) e Associação de Turismo Sustentável do Faial (ATSF).

Na conferência de imprensa convocada para falar deste assunto e de outros (ver artigo As quatro preocupações que unem Faial e Pico), os responsáveis por estas associações deixaram claramente no ar a sua indignação por esta atitude dos trabalhadores da única empresa que faz o transporte marítimo de passageiros entre estas duas ilhas e cuja travessia do canal constituiu a grande fatia da sua atividade.

«A forma que os trabalhadores adotaram para reivindicar os seus direitos é a mais severa possível», afirma Pedro Rosa, presidente da ATSF e explica porquê: a duração que será de um mês, o grau de paralisação que será total e a altura do ano escolhida, o pico do turismo nestas ilhas.

O objetivo é claro, diz Pedro Rosa: «fazer o maior dano possível».

Rui Lima, da ACIP, não tem dúvidas: «um pré-aviso de uma greve com este impacto merece uma explicação pública». Até porque estamos a falar de uma empresa pública paga com os impostos de todos os contribuintes.

Já o vice-presidente da CCIH, João Borges, afirma que só a ameaça de greve já provocou estragos na economia, considerando que não de pode tomar uma decisão desta natureza e amplitude de ânimo leve. E deu o exemplo da previsibilidade que um sector como o turismo necessita para funcionar bem e as repercussões que uma greve desta força pode trazer para o sector e para toda a fileira ligada ao setor.

O presidente da CCIH, Francisco Rosa, quis deixar a sua opinião, evitando assim vincular os associados da associação que representa. Para Francisco Rosa a paz social que parecia ter ficado aquando da resolução da última greve na empresa afinal não foi um processo bem conduzido e bem finalizado.

«Se tudo tivesse ficado esclarecido não tínhamos uma greve dois meses depois», afirma, deixando assim uma forte crítica ao antigo presidente da Atlânticoline, Francisco Bettencourt, na empresa quando ficou resolvida a greve de há dois meses e que depois foi para diretor regional da Mobilidade.  

«Hoje em dia a maior dificuldade na gestão é a resolução de conflitos», salienta, algo que parece não ter acontecido.

Apesar de tudo, estas associações afirmam não estar contra os trabalhadores e a defesa que fazem dos seus diretos, mas a falta de razoabilidade entre as partes pode deixar fortes marcas na economia destas duas ilhas e chegam ao ponto de se oferecerem para mediadoras do conflito caso seja necessário.

O pré-aviso de greve anunciado pelo sindicato dos trabalhadores da Atlânticoline está a gerar muita preocupação nos associados da Câmara do Comércio e Indústria da Horta CCIH), da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico (ACIP) e Associação de Turismo Sustentável do Faial (ATSF).

Na confer&…





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