A Associação de Turismo Sustentável do Faial (ATSF) considera que os empresários podem contar desde já com cancelamentos de reservas por parte de turistas ao confrontarem-se com a falta de transporte, em consequência da greve anunciada na Atlânticoline, ou com a mera possibilidade de ficarem retidos nas ilhas, sem garantia de alojamento, uma vez que já decorre a época alta.
Em comunicado distribuído à comunicação social a ATSF adianta também que o transporte de viaturas será profundamente afetado, com muitas pessoas com férias inteiramente programadas e bilhetes de barco comprados, impossibilitados de transportar as suas viaturas.
A Associação revela extrema preocupação com o pré-aviso de greve anunciado pelo Sindicato, ainda para mais ao prever-se uma paralisação tão prolongada e total ao trabalho.
A greve está anunciada para decorrer entre 12 de julho e 12 de agosto.
“A concretizar-se, esta greve terá um impacto brutal na atividade económica das ilhas do Triângulo, com consequências catastróficas, a curto prazo, para todo o tecido empresarial e para a comunidade local”, lê-se no comunicado.
E continua: “Para além dos efeitos imediatos, causará graves danos na reputação dos Açores (e destas ilhas em específico) enquanto destino turístico, pondo em causa a sua fiabilidade e atratividade a médio e longo prazo.
“Do ponto de vista das agências de turismo internacionais, que organizam viagens para o Triângulo, este será um contributo significativo para a falta de confiança no destino, que terá certamente impacto nos próximos anos”.
A ATSF mostra compreensão com as reivindicações dos trabalhadores da Atlânticoline, mas entende que “a escolha de uma forma de greve tão extrema, com impactos tão profundos em toda a comunidade, mostra uma total falta de comprometimento com o desenvolvimento destas ilhas em que vivemos. Uma greve tão longa e tão extrema irá provocar, não só um catastrófico impacto na mobilidade de dezenas de milhares de pessoas (cidadãos locais e turistas), mas também provocar prejuízos avolumados a um número muito vasto de empresas em todo o Triângulo, no sector do Turismo e não só, e à própria Antlânticoline”.
Finalmente a ATSF deixa um apelo a ambas as partes deste diferendo laboral, para que ajam com bom senso e procurem urgentemente chegar a um acordo que permita evitar a paralisação e as consequências previsíveis da sua concretização.