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04 de Junho de 2024
“Estamos na mesma” quanto às ligações aéreas entre Lisboa e a Horta
Rui Gonçalves

rui.incentivo@gmail.com
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Passageiros continuam a desembarcar sem bagagem

Os constrangimentos que se têm verificado nas ligações aéreas entre as ilhas dos Açores levantam novamente questões de mobilidade que estão por resolver.

Em declarações ao INCENTIVO, hoje à tarde, presidente da Câmara Municipal e presidente da Câmara do Comércio manifestaram-se preocupados, sobretudo na perspetiva do verão que está a chegar.

Mas os problemas não se reduzem às ligações inter-ilhas, as mais afetadas neste momento por inoperacionalidade dos aviões que fazem estas rotas.

Também no que se refere às ligações entre Lisboa e a Horta não há avanços. Os problemas, já há muito identificados, mantêm-se. À pergunta do jornalista: “Estamos na mesma?”, Carlos Ferreira confirmou: “Sim, estamos na mesma”.

Um dos inconvenientes que persiste é o do transporte da bagagem dos passageiros que, frequentemente fica em Lisboa.

O presidente da Câmara Municipal recorda que, em reunião realizada com a secretária regional Berta Cabral, a mesma comprometeu-se a dar instruções à SATA para que, quando a situação ocorrer, normalmente por razões relacionadas com a meteorologia, as malas devem ser entregues no mais curto espaço de tempo possível.

Mas o INCENTIVO confirmou junto de operadores turísticos que essa melhoria não tem sido prática corrente. Os passageiros continuam a esperar dias para receberem as suas malas. Para além evidentemente dos locais a quem acontece o mesmo.

Carlos Ferreira insiste que o problema só ficará resolvido quando a pista da Horta for aumentada e assim acabarem as penalizações com que a aeronave A320 se defronta na sua operação no Aeroporto da Horta e possa transportar mais peso, mesmo em dias de mau tempo.

Sobre a velha questão dos 14 voos semanais no verão entre Lisboa e a Horta, o presidente da Câmara do Comércio disse que o assunto continua a ser objeto de reivindicação. Pelo que se sabe, não será ainda para este ano.

Francisco Rosa diz não compreender como é que a SATA continua a argumentar que a rota dá prejuízo, com uma ocupação de 80%, quando a própria SATA informa que a ligação Ponta Delgada-Funchal é viável, com uma ocupação estimada de pouco mais de 50%.

Há operadores turísticos, adianta Francisco Rosa, que já perderam negócio por não estarem na disposição de fazer os contratos, nomeadamente com grupos, sem previsibilidade e segurança de que as viagens se realizem nas datas previstas, sobretudo com alterações constantes na data de regresso dos turistas.

Aos constrangimentos, que duram há anos, na rota entre Lisboa e a Horta, juntam-se agora as dificuldades entre ilhas.

Sem transporte marítimo sazonal e sem regularidade no transporte aéreo, os Açores veem comprometida a mobilidade dos seus passageiros.

Até hoje não se conheciam quaisquer posições públicas, quer da Câmara Municipal, quer da Câmara do Comércio.

Não vão longe os tempos em que este assunto era motivo de discussão.

No plano político, os que então estavam na oposição, não se cansavam de denunciar os detentores do poder.

Do PSD vinham acusações de subserviência dos socialistas locais ao Governo, acusações que incluíam também a Câmara Municipal. Até a Assembleia Municipal criou uma comissão eventual, proposta pelo PSD, para tratar do assunto. Confirmando as acusações, na altura o PS tentou criar dificuldades ao trabalho dos deputados municipais.

Com a sessão ordinária da Assembleia Municipal prevista para este mês de junho, veremos se o assunto volta à ordem do dia da política local.

Ao nível social, não passa despercebido o silêncio do Grupo Aeroporto da Horta, outrora muito interveniente no espaço público, insistindo sempre na justiça do tratamento, por parte do poder político, a favor do Faial e dos faialenses.      

Os constrangimentos que se têm verificado nas ligações aéreas entre as ilhas dos Açores levantam novamente questões de mobilidade que estão por resolver.

Em declarações ao INCENTIVO, hoje à tarde, presidente da Câmara Municipal e presidente da Câmara do Comércio manifestaram-se preocupados, sobretudo…





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