A CGTP-IN/Açores apresentou o caderno reivindicativo dos trabalhadores açorianos para 2024, que inclui medidas como a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais e o aumento salarial de 15% para todos os trabalhadores.
Segundo o dirigente Vítor Silva, o documento agora apresentado em conferência de imprensa, em Ponta Delgada, contém propostas destinadas a “melhorar as condições de vida nos Açores”.
Como principais reivindicações para 2024, a comissão coordenadora da CGTP-IN/Açores apresenta o aumento do Acréscimo Regional do Salário Mínimo Nacional de 5% para 10%, “considerando o aumento da inflação e o diferencial do custo de vida entre os Açores e o continente”, e o aumento salarial de 15%, “num mínimo de 150 euros, para todos os trabalhadores, com efeitos a 01 de janeiro”.
O aumento da Remuneração Complementar para 100 euros e a “redução do horário de trabalho das 35 horas [semanais], sem aumento da jornada diária e sem redução da retribuição”, são outras das propostas, segundo Vítor Silva.
A central sindical sugere também a fixação de preços máximos nos bens e serviços públicos essenciais, a “prioridade absoluta na criação e manutenção de emprego, através do estímulo à produção regional, potenciada por uma política de incentivos assertiva e eficaz para apoiar as micro, pequenas e médias empresas” e a “necessidade imediata da criação e aplicação de um Plano de Combate à Precariedade”.
Vítor Silva disse que o caderno reivindicativo dos trabalhadores açorianos para 2024 é apresentado nesta altura “para poder ser um contributo para o Orçamento Regional”.
O documento “tem um conjunto de medidas muito significativas que poderiam, de facto, contribuir para melhorar a vida nos Açores”, salientou.
O dirigente referiu ainda que, caso as propostas não sejam aceites, “possivelmente os trabalhadores vão manifestar na rua” o seu descontentamento e vão exigir as soluções que pretendem.
“Eu acredito, até por aquilo a que tenho assistido nas reuniões no local de trabalho, […] que esse descontentamento vai aumentar porque, de facto, neste momento é insuportável o aumento do custo de vida na região”, admitiu, considerando que atualmente “não se vive, sobrevive-se nos Açores”, o que demonstra que a realidade “é muito má”.
Nas reivindicações para 2024, a CGTP-IN/Açores também inclui a garantia da qualidade e o reforço das funções sociais do Estado e dos serviços públicos e uma política fiscal justa que garanta “mais recursos financeiros” aos trabalhadores.