27 de Outubro de 2023
Afrodescendentes em Portugal têm grande dificuldade em pagar despesas
Lusa

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Quase metade dos cidadãos de ascendência africana em Portugal (48%) inquiridos num estudo europeu, ontem divulgado, manifestou grande dificuldade em pagar as despesas, refere a Agência Europeia para os Direitos Fundamentais.

A percentagem para este indicador foi de 45% em Espanha, enquanto em Itália foi de 42%, na Bélgica e em França de 33% e na Suécia 32%. Os valores mais reduzidos verificaram-se na Polónia e na Dinamarca (9%) e na Finlândia (13%).

O aumento dos preços da energia e do custo de vida elevaram os níveis de pobreza energética na Europa, segundo a mesma fonte.

“Em 2022, o número de europeus que não tinham condições financeiras para manter as suas casas adequadamente aquecidas aumentou para mais de 40 milhões (9,3% da população)”, lê-se no relatório, segundo o qual as pessoas de ascendência africana têm duas vezes mais probabilidade (14%) do que a população em geral (7%) de não terem condições financeiras para manter as casas aquecidas.

As proporções mais elevadas registaram-se em Espanha (34%), Portugal (25%) e Itália (18%). As mais baixas, na Polónia (2%), Suécia (4%) e Dinamarca (5%).

Os relatores analisaram as respostas de mais de 6.700 pessoas de ascendência africana que vivem em 13 estados membros da União Europeia (UE): Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Espanha e Suécia.

Em média, 17% dos inquiridos vive em habitações com infiltrações no telhado, paredes, chão ou fundações, com mofo e humidade, ou caixilhos de janelas em más condições. O valor é superior à taxa da população em geral (15%).

“Estas más condições são mais frequentes entre os afrodescendentes que vivem em Portugal e menos notórias na Suécia (3%) e na Polónia (1%)”, de acordo com os autores do relatório. ”Isto pode estar relacionado com a percentagem muito elevada de pessoas de ascendência africana que vivem em habitação social ou pública na Suécia (64%) e com a elevada taxa de inquiridos que vivem numa propriedade que possuem na Polónia (36%), na sua maioria sem hipoteca”, admitiram.

Em relação à discriminação sentida por estas pessoas, em geral, quase metade dos entrevistados de ascendência africana (47%) sentiu-se discriminada por um ou mais motivos nos cinco anos anteriores ao inquérito e mais de um terço (36%) sentiu-se discriminado no ano anterior ao inquérito.

Quase metade dos cidadãos de ascendência africana em Portugal (48%) inquiridos num estudo europeu, ontem divulgado, manifestou grande dificuldade em pagar as despesas, refere a Agência Europeia para os Direitos Fundamentais.

A percentagem para este indicador foi de 45% em Espanha, enquanto em Itália foi de 42%, na Bélgica e em França de 33% e na S…





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