O Conselho Pastoral da Ouvidoria da Horta indicou o nome do padre Paulo Silva para ocupar o lugar de ouvidor, substituindo no cargo Marco Luciano, recentemente colocado na paróquia dos Arrifes, em São Miguel.
A reunião deste órgão da Igreja teve lugar na noite de segunda-feira.
Embora a escolha do ouvidor resulte de uma votação do clero da Horta, que se reunirá hoje em assembleia, o nome a ser escolhido pelo bispo terá em conta o perfil indicado pelo Conselho Pastoral que foi ouvido sobre o assunto pela primeira vez “numa concretização daquilo que é o espírito sinodal dentro da Igreja e que tem por base a corresponsabilidade no processo de decisão”, lê-se no site da diocese açoriana, Igreja Açores.
Sobre a escolha do clero não se saberá o resultado.
A auscultação do Conselho Pastoral revelou uma divergência entre leigos e clero, uma vez que os sacerdotes não se mostravam disponíveis para dar a conhecer o resultado expresso pelos membros daquele órgão. A situação foi resolvida e os nomes votados acabaram por ser anunciados.
O segundo nome que obteve mais indicações do Conselho Pastoral foi o de Bruno Rodrigues.
Os dois são sacerdotes naturais do Faial e prestam serviço na ilha há mais tempo.
Paulo Silva é pároco das Angústias e Feteira e Bruno Rodrigues dos Cedros, Ribeirinha e Pedro Miguel.
A nova metodologia para a escolha do ouvidor foi sugerida pelo bispo de Angra na recente carta enviada a todos os diocesanos para a preparação do itinerário pastoral para o próximo biénio.
Segundo D. Armando Esteves Domingues, todos precisam de “fazer caminho, talvez lento para ser seguro”, mas decidido e “com o olhar fixo numa Igreja mais comunhão, mais participação e com a missão mais partilhada”, segundo o antigo princípio eclesial: ‘o que diz respeito a todos, por todos deve ser discutido e aprovado’.
No início do primeiro ano pastoral do seu episcopado, o bispo de Angra convida a olhar para a pastoral diocesana e “renová-la a ‘partir de baixo’, das pessoas, dos problemas de cada dia, para começar a ganhar forma uma Igreja sinodal”.
É o bispo diocesano que tem competência para nomear o ouvidor, pelo que a decisão só será conhecida nos próximos dias.