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O governo açoriano inaugurou ontem a obra de estabilização da falésia do porto de Pedro Miguel, no Faial, um investimento de 130 mil euros para “garantir a acessibilidade e segurança” àquela zona, afetada pelo furacão Lorenzo em 2019.
“[Esta obra] tem um objetivo: para que possamos cumprir o nosso caráter de fazer e refazer, valorizar o território e criar condições essenciais de valorização e proteção da orla costeira e sua fruição”, afirmou o presidente do Governo dos Açores, sublinhando também o objetivo de garantir boa acessibilidade e segurança na operacionalidade da infraestrutura.
José Manuel Bolieiro, que presidiu à cerimónia de inauguração, reconheceu que a obra, apesar de pequena, foi complexa, estando o custo “verdadeiramente sobredimensionado, tendo em conta o contexto económico” no país e na região.
“Temos procurado recuperar aquilo que a natureza vai degradando de forma inequívoca”, salientou o social-democrata.
O presidente do executivo açoriano assinalou que os “constrangimentos” da economia adiaram a “prontidão da obra” naquele portinho, que foi afetado pela passagem do Lorenzo pelo arquipélago em 2019.
“O município da Horta e a ilha do Faial estão vendo, mesmo que queiram mais máquinas no terreno e mais depressa, que [depois de um] período de abandono e estagnação, estamos a dar passos certos, mesmo que mais curtos do que o desejado, no caminho do progresso e da valorização”, destacou.
A passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, em 2 de outubro de 2019, provocou prejuízos de cerca de 330 milhões de euros, de acordo com a estimativa feita pelo então presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, devido a estragos em infraestruturas portuárias, rede viária e equipamentos públicos, na habitação, nas pescas, na agricultura e no setor empresarial privado.
Do valor total de cerca de 330 milhões de euros de prejuízos com a passagem do furacão, 85% serão assumidos pelo Governo nacional.