10 de Março de 2023
PSD devia ter “marcado terreno” na coligação desde o início
Lusa

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O militante histórico e antigo dirigente social-democrata Vasco Garcia considerou que o PSD/Açores deveria ter “marcado terreno” na coligação e que é “exagerado” o peso do CDS/PP no seu interior.

“Vejo com preocupação [crise política nos Açores], embora isso seja uma espécie de crónica de uma morte anunciada, se não fosse o caso desta geringonça a cinco ainda dar sinais de vida. O PSD devia ter marcado terreno desde o início, e não o fez. Agora é bastante tarde”, afirma em declarações à agência Lusa o antigo eurodeputado e reitor da Universidade dos Açores.

Vasco Garcia considera que o PSD “provavelmente não desejará eleições”, enquanto o PS de Vasco Cordeiro “também não está seguro do resultado caso haja eleições antecipadas, achando que é cedo para ir às urnas”.

“Nenhum deles, no fundo, está interessado em contribuir ainda mais para a incerteza”, afirma Vasco Garcia, que aponta as dificuldades resultantes da reestruturação do grupo SATA, a necessidade de executar o Plano de Recuperação e Resiliência e a crise inflacionista e consequentes dificuldades para as famílias e empresas.

Vasco Garcia considera que este “é um tempo de grande incerteza, e eleições prejudicam todos, como os partidos, as pessoas e as empresas e a própria autonomia” dos Açores.

De acordo com o também comentador político, a solução “terá que ser sempre parlamentar”, sendo que esta situação política “vai conduzir ao arrastar de uma situação semi-pântanosa para uma solução pastosa, pelo menos até outubro, senão mesmo até às eleições europeias”.

Para Vasco Garcia, “por detrás da atitude de Nuno Barata (IL) existem outro tipo de situações que terão que ver com a forma como o poder está distribuído dentro da geringonça a cinco”, com o PSD “desproporcionado, para menos, dentro do poder que tem nesta coligação”.

O militante histórico do PSD considera que “é evidente e exagerado o peso que um partido como o CDS-PP tem dentro desta coligação” e que atribuir a Artur Lima o cargo de vice-presidente do Governo dos Açores “é evidentemente dar-lhe um poder que, do ponto de vista eleitoral, manifestamente não tem”.

Vasco Garcia apela ao bom senso e diz que “há que repensar a forma como o poder está distribuído dentro da coligação”.

O militante histórico e antigo dirigente social-democrata Vasco Garcia considerou que o PSD/Açores deveria ter “marcado terreno” na coligação e que é “exagerado” o peso do CDS/PP no seu interior.

“Vejo com preocupação [crise política nos Açores], embora isso seja uma espécie de cró…





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