O PPM/Açores considera que a operação do transporte marítimo de mercadorias com as Lajes das Flores “não garante” a regularidade do abastecimento, defendendo a utilização de um navio mais pequeno.
Na sequência das jornadas parlamentares, realizadas na semana passada na ilha das Flores, o grupo parlamentar do PPM, que integra o Governo Regional em coligação, alerta que “as condições em que a operação do transporte marítimo de mercadorias está a ocorrer não garante a regularidade do abastecimento”.
“O navio que a Transinsular está a utilizar na operação não é o adequado tendo em conta os atuais condicionalismos do porto das Lajes das Flores. É necessário encontrar uma solução que terá de passar, necessariamente, pela utilização de um navio de menores dimensões”, é referido nas conclusões das jornadas.
No documento, os deputados do PPM salientam a “melhoria verificada em muitos serviços da administração regional na ilha das Flores” e os “avanços muito significativos” registados em diversas áreas, apontando como exemplo a Unidade de Saúde da Ilha das Flores que teve um reforço do quadro de pessoal, contando agora com 12 funcionários, “e a projeção de uma nova intervenção no edifício, que se concretizará ainda este ano”.
“Permanecem diversas dificuldades, que o grupo parlamentar do PPM apresentará à Secretaria Regional da Saúde e Desporto. O mesmo se diga em relação à Escola Básica e Secundária das Flores, que também registou algumas melhorias, mantendo-se, no entanto, um conjunto de dificuldades e insuficiências que importa corrigir”, , lê-se no documento.
Relativamente à decisão de extinguir a central de serviços partilhados da ilha das Flores, o PPM /Açores constata que “recolhe um apoio generalizado na ilha”, realçando ainda os “significativos investimentos da EDA, que totalizam quase 20 milhões de euros nos próximos quatro anos”.
Estes investimentos “tornarão a ilha das Flores numa ilha quase autossuficiente no âmbito da produção de energia elétrica e na ilha que terá a maior percentagem de energia elétrica produzida a partir de fontes renováveis”, o que “para uma ilha que é reserva da biosfera é um fator decisivo”, sublinha o PPM/Açores.