O Chega/Açores vai apresentar uma proposta de alteração ao Plano e Orçamento de 2023 para ampliar os centros de recolha oficial (CRO) de animais que não tenham “instalações dignas”, anunciou o partido.
Em comunicado, o partido dá conta de que o deputado regional José Pacheco visitou o Centro de Recolha Oficial (CRO) de Ponta Delgada, onde revelou a proposta do Chega para a “ampliação dos CRO regionais que não apresentem instalações dignas”.
José Pacheco defendeu ainda a “esterilização gratuita dos animais de companhia”.
“Perante os CRO que tenham instalações capazes de acolher condignamente os animais recolhidos, os apoios poderiam ser direcionados para a esterilização gratuita dos animais das comunidades”, lê-se na nota de imprensa.
O deputado único do partido alertou, contudo, que as ampliações dos canis podem ser “perigosas”, uma vez que quanto maiores os espaços, “mais animais vão aparecer”.
“Há muito abandono de animais e se tivermos um CRO que consiga recolhê-los todos, vão todos lá parar”, declarou.
José Pacheco defendeu penalizações mais “severas” para os tutores de animais sem o chip de identificação, realçando que o partido é contra o abate de animais.
“Temos de apostar na sensibilização e na esterilização gratuita, porque melhorar as condições do CRO não é apenas criar mais área para os recolher”, vincou.
O Chega é um dos partidos que suporta o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), juntamente com a IL e o deputado independente (ex-Chega).
O Orçamento Regional para 2023, de 1,9 mil milhões de euros, prevê um travão ao novo endividamento líquido e 753,5 milhões de euros de despesa em investimento público, dos quais 641 milhões de euros são da responsabilidade direta do Governo Regional dos Açores.
O Orçamento Regional dos Açores para 2022 foi de cerca de dois mil milhões de euros (800 milhões dos quais destinados ao investimento) e previa um endividamento de 152 milhões de euros.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).