O festival AngraJazz, que decorre de 6 a 8 de outubro, em Angra do Heroísmo, nos Açores, tem lotação quase esgotada, com uma procura acima de anos anteriores, avançou a organização.
“A venda de bilhetes está a decorrer muitíssimo bem. Temos tido mais vendas do que nos anos anteriores. A uma semana do início do festival, temos mais bilhetes [vendidos] do que era habitual”, adiantou, em declarações à Lusa, José Ribeiro Pinto, da associação cultural AngraJazz, que organiza o festival desde 1999, em Angra do Heroísmo.
Joe Dyson, Samara Joy, Belmondo Quintet e Guillermo Klein são alguns dos nomes que integram o cartaz da 23.ª edição do AngraJazz.
A lotação do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo ainda não está esgotada, mas já restam poucos bilhetes, segundo Ribeiro Pinto.
“Tradicionalmente, o dia da cantora esgota. Já há muitos anos que isso acontece. Estamos à espera que volte a acontecer. Por outro lado, há de facto este entusiasmo, este ano, pelo último dia que é, de facto, fantástico”, salientou.
“As pessoas estão com saudades. No ano passado, ainda por cima, a sala foi limitada a metade da lotação, portanto muita gente ficou de fora”, acrescentou.
Em 2018 e 2019, mais de um quarto da plateia do festival foi preenchido por pessoas que chegaram de fora da ilha, incluindo 7% do estrangeiro.
Há dois anos que a organização não aposta na promoção internacional do festival, apoiada em anos anteriores pelo Turismo de Portugal, mas acredita que a tendência se vai manter.
“A nível nacional, o festival é conhecidíssimo. É considerado um dos três melhores festivais de jazz que se realizam em Portugal. Esperamos ter uma belíssima assistência de fora”, vincou o membro da associação cultural AngraJazz.
O festival só arranca no dia 6, mas antes de subirem ao palco grandes nomes internacionais, a cidade de Angra do Heroísmo enche-se de jazz, durante nove dias, com concertos gratuitos de músicos locais e nacionais em bibliotecas, restaurantes, cafés, hotéis ou lojas.
A partir de sexta-feira e até dia 8 de outubro, todos os dias às 18h00 há um concerto com o Toscano/Andrade Quarteto, o TB Jazz Ensemble, o Joana Pacheco Group ou o Coelho/Fernandez/Cunha Trio.
A adesão ao Jazz na Rua “tem vindo a subir de ano para ano” e é também uma forma de desmistificar alguns preconceitos que ainda existem sobre este estilo musical.
“É sempre bom ir mostrando jazz simples e agradável num café. Ajuda a fazer mais amantes. As pessoas começam a pensar que o jazz afinal é uma coisa que se houve bem, que é interessante. Tudo o que se possa fazer ajuda a trazer público para o jazz”, afirmou o organizador.
No Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, o festival arranca no dia 6, com a Orquestra AngraJazz, o grupo da casa que “vai, de ano para ano, melhorando a qualidade” e integrando “jovens músicos”, que “garantem a continuidade do projeto”.