01 de Julho de 2022
Rácio de malparado da banca portuguesa recua para 3,6% no 1.º trimestre
Lusa

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O rácio de crédito malparado da banca portuguesa diminuiu para 3,6% no primeiro trimestre deste ano, menos 0,1 pontos percentuais do que no final de 2021 e um ponto percentual abaixo do trimestre homólogo, divulgou ontem o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o último relatório do BdP sobre o sistema bancário português, relativo ao primeiro trimestre de 2022, o rácio de empréstimos não produtivos bruto (NPL) diminuiu 0,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para 3,6%, refletindo a diminuição dos NPL em 2,1%.

O rácio de NPL líquido de imparidades manteve-se em 1,7% (1,8% em dezembro de 2021 e 2,0% em março de 2021).

Os dados divulgados pelo BdP apontam que o valor bruto do crédito malparado dos bancos portugueses recuou 254 milhões de euros entre dezembro de 2021 e março de 2022, situando-se nos 11.894 milhões de euros no final do primeiro trimestre deste ano.

Em termos homólogos, a diminuição do valor dos empréstimos não produtivos foi de 2.133 milhões de euros.

Líquidos de imparidades, os empréstimos não produtivos somaram 5.553 milhões de euros no final de março, abaixo dos 5.772 milhões de euros de dezembro de 2021 e dos 6.242 milhões de euros homólogos.

Segundo o BdP, os rácios de NPL brutos das empresas (sociedades não financeiras – SNF) e dos particulares cifraram-se em 8,0% (-0,2 pontos percentuais) e 2,7% (-0,1 pontos percentuais), respetivamente. Para esta evolução contribuíram nas empresas, de forma idêntica, o aumento dos empréstimos produtivos e a redução dos NPL, enquanto nos particulares resultou maioritariamente da uma redução dos NPL.

O rácio de cobertura dos NPL por imparidades aumentou 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para 53,3%, refletindo “uma diminuição dos NPL superior à das imparidades acumuladas”.

Nas empresas registou-se um aumento de 0,8 pontos percentuais, para 54,0%, enquanto nos particulares o rácio de cobertura aumentou 1,5 pontos percentuais para 52,6%, atingindo 34,1% (+1,4 pontos percentuais) e 65,8% (+0,9 pontos percentuais) nos segmentos de habitação e consumo e outros fins, respetivamente.

De acordo com o BdP, no primeiro trimestre de 2022, a rendibilidade do ativo (ROA) da banca portuguesa (índice que representa a capacidade de gerar lucro com os ativos detidos) aumentou 0,28 pontos percentuais face ao primeiro trimestre de 2021, para 0,69%. Já a rendibilidade do capital próprio (ROE) subiu 3,8 pontos percentuais, para 8,4%.

Segundo o BdP, esta evolução da rendibilidade “refletiu a diminuição das provisões e imparidades e, em menor grau, o aumento da margem financeira”.

O custo do risco de crédito diminuiu 0,22 pontos percentuais face ao período homólogo, para 0,32%, e o rácio ‘cost-to-income’ desceu 0,6 pontos percentuais, situando-se em 52,0%, “refletindo um aumento do produto bancário que superou o dos custos operacionais”.

No primeiro trimestre de 2022, o ativo total do sistema bancário português aumentou 1,2% face ao trimestre anterior, tendo os empréstimos a clientes e a exposição a títulos de dívida contribuído para este aumento em 0,41 e 0,34 pontos percentuais, respetivamente.

O rácio de crédito malparado da banca portuguesa diminuiu para 3,6% no primeiro trimestre deste ano, menos 0,1 pontos percentuais do que no final de 2021 e um ponto percentual abaixo do trimestre homólogo, divulgou ontem o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o último relatório do BdP sobre o sistema bancário português, relativo ao prime…





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