A intervenção em curso no aeroporto de Ponta Delgada vai criar mais duas portas de embarque, permitindo “descongestionar” a infraestrutura nos períodos de “maior afluência” previstos para a época alta, disse ontem o Governo dos Açores.
“O Governo Regional dos Açores tem conhecimento de que a intervenção está em curso e permitirá a criação de mais dois ‘gates’ de embarque de passageiros, o que permitirá descongestionar a atual sala de embarque em alturas de maior afluência de tráfego”, realçou a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, em resposta a questões da agência Lusa.
Em março, a ANA Aeroportos revelou que estava a preparar uma “intervenção de caráter temporário” no aeroporto João Paulo II para “assegurar as melhores condições” aos passageiros durante o verão.
O anúncio da gestora do aeroporto surgiu depois de o governo açoriano e a transportadora aérea SATA terem alertado para possíveis constrangimentos devido ao aumento de voos no verão para São Miguel.
Ontem, na posição enviada à Lusa, a secretaria regional, tutelada por Berta Cabral, referiu que o executivo vai estar “vigilante” e “alertar para eventuais constrangimentos que possam ocorrer nas diversas infraestruturas da região”.
O Governo dos Açores destacou ainda que o grupo SATA, o maior operador no aeroporto, e a direção da infraestrutura estão a realizar “alterações operacionais a diversos níveis que melhorarão a eficiência dos subsistemas aeroportuários e de transporte aéreo”.
A secretaria regional anunciou ainda que vai ter uma reunião no “principio de julho” com a administração da ANA Aeroportos e o “comité de utilizadores” do aeroporto de Ponta Delgada “para analisar os investimentos previstos e os que considera necessários para a infraestrutura”.
O executivo açoriano rejeitou que a imagem dos Açores enquanto destino turístico seja afetada devido a constrangimentos neste aeroporto.
“O destino turístico Açores não se consubstancia ao aeroporto de Ponta Delgada ou a qualquer infraestrutura individualizada, mas sim a toda uma experiência que proporcionamos a quem nos visita”, defendeu.
Segundo o governo, essa experiência “não será colocada em causa por constrangimentos pontuais que se possam fazer sentir” naquela que é a principal porta de entrada de turistas no arquipélago.