25 de Maio de 2022
Fim dos encaminhamentos nos Açores não causou “desequilíbrio no tráfego”
Lusa

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Reestruturação da SATA não permite alterações

O presidente da companhia aérea SATA, Luís Rodrigues, disse esta semana que “não existe evidência” até ao momento de que o fim dos encaminhamentos gratuitos entre ilhas açorianas para não residentes tenha provocado um “desequilíbrio do tráfego”.

“No primeiro trimestre de 2022, que é o período de comparabilidade possível, não existiu evidência de desequilíbrio no tráfego para as ilhas com ‘gateways’ e para as ilhas sem ‘gateways’”, declarou.

Luís Rodrigues falava na comissão de Economia da Assembleia Regional, a propósito de um projeto de resolução do PS que pede a suspensão das alterações promovidas nos encaminhamentos pelo atual Governo dos Açores.

O líder da transportadora aérea regional afirmou que no primeiro trimestre de 2022 o número de passageiros desembarcados nas ilhas com ‘gateways’ (São Miguel, Terceira, Faial, Pico e Santa Maria), com ligação direta ao continente, foi 7% inferior ao registado em 2019.

Naquele período, o número de passageiros desembarcados nas restantes ilhas sem ligação direta ao continente foi também 7% inferior ao registado em 2019.

“A SATA não tem até à data, até final de março, nenhuma evidência de desequilíbrio nestes dois grupos. Não podemos falar para além disso porque depois meteu-se a crise sismovulcânica em São Jorge que distorce a análise”, reforçou.

Luís Rodrigues lembrou ainda que ficou “surpreendido” quando chegou à transportadora açoriana e conheceu o modelo de encaminhamentos gratuitos que estava em vigor entre ilhas para os não residentes.

“Percebo um bocadinho a lógica, mas surpreendeu-me que fosse dada a possibilidade a turistas com enorme capacidade de compra vindos de fora de não ter de pagar um bilhete”, apontou.

O responsável da SATA rejeitou ainda que o anterior modelo de encaminhamentos promova um aumento do turismo nas ilhas açorianas.

“Quando se estabelece um preço de acesso a alguma coisa, esse bem torna-se mais valioso e é mais desejável”, declarou.

Sobre uma eventual reintrodução do modelo de encaminhamentos, Luís Rodrigues disse ficar “preocupado” com as “alteração das regras a meio do jogo”, porque o plano de reestruturação da companhia está a ser negociado com a Comissão Europeia.

“Mudar as regras a meio do jogo é o que me preocupa. Custou-nos muito recuperar a credibilidade para a SATA. Eu só quero é ver esse plano de reestruturação aprovado e tudo o que pode causar entropia nisso, deixar-nos-ia extremamente desconfortáveis”, assinalou.

A 24 de fevereiro, foi anunciado que o PS apresentou uma iniciativa no parlamento dos Açores para suspender as decisões do Governo Regional sobre o transporte marítimo de passageiros no arquipélago e o fim dos encaminhamentos aéreos para não residentes.

A 6 de abril, o Governo dos Açores revelou que a Comissão Europeia confirmou “a ilegalidade de encaminhamentos aéreos gratuitos para não residentes, o que “corrobora a interpretação legal” do executivo sobre as ligações aéreas a ilhas sem viagens diretas do exterior.

O presidente da companhia aérea SATA, Luís Rodrigues, disse esta semana que “não existe evidência” até ao momento de que o fim dos encaminhamentos gratuitos entre ilhas açorianas para não residentes tenha provocado um “desequilíbrio do tráfego”.

“No primeiro trimestre de 2022, que é o per&…





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