A ilha de Santa Maria é a primeira das nove do arquipélago dos Açores a receber os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a partir de quinta-feira, no âmbito da sua peregrinação pelas dioceses portuguesas.
Os símbolos - a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – vão terminar hoje a peregrinação pelo arquipélago da Madeira, sendo esperados na ilha de Santa Maria na quinta-feira, dia 26, permanecendo naquela ilha até dia 28, passando depois para a ilha das Flores.
Até dia 28 de junho, os símbolos passarão pelas nove ilhas dos Açores, terminando em São Miguel.
O Comité Diocesano da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023) e o Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil considerou, citado pelo portal online Igreja Açores, que este “é um momento de imensa felicidade pois todas as ilhas terão a peregrinação dos Símbolos JMJ; Ninguém ficará de fora!”.
Os símbolos estarão em cada diocese nacional até à realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023) cerca de um mês e a última a recebê-los será Lisboa.
Estes símbolos estiveram já, desde meados de 2021, em Angola, na Polónia e em Espanha, bem como nas dioceses portuguesas do Algarve Beja, Évora, Portalegre-Castelo Branco, Guarda, Viseu e Funchal.
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, “os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem”, informa a organização da Jornada.
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, segundo uma nota sobre a JMJLisboa2023, acrescentando que “em 1985 esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa”.
Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
A JMJLisboa2023, para a qual são esperados mais de um milhão de jovens de todo o mundo, decorrerá nos terrenos da margem do rio Tejo, ao norte do Parque das Nações, e será encerrada pelo Papa.
Inicialmente prevista para o verão de 2022, a iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.