03 de Maio de 2022
Trabalhadores da EDA querem aumento de 40 euros
Lusa

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O Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI) exige um aumento salarial de 40 euros para os trabalhadores da Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA), que admitem fazer greve às horas extraordinárias.

A informação foi prestada pelo dirigente sindical Rui Medeiros numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, após terem sido conhecidos na passada semana os resultados do exercício da EDA relativos a 2021.

A EDA registou um resultado líquido de 12,6 milhões de euros em 2021, menos 1,8 milhões de euros do que em 2020, e decidiu distribuir 50% dos dividendos pelos acionistas.

Além de reivindicar um aumento salarial de 40 euros “para todos os trabalhadores”, o dirigente sindical defendeu também “aumentos extraordinários dos salários, no final do ano, cuja atualização tenha sido absorvida pela inflação”.

De acordo com Rui Medeiros, esta pretensão de aumento salarial visa “recuperar o poder de compra, pelo ataque aos salários nos últimos 11 anos”, bem como fazer face ao “aumento célere da inflação deste ano, que ainda vai a meio”.

O sindicalista disse ainda que nos anos dos congelamentos salariais, impostos pela Troika, os valores que deveriam reverter para os trabalhadores “foram convertidos em dividendos e distribuídos pelos acionistas, num período em que os lucros tiveram valores recorde”.

“Mesmo assim, a empresa teve a necessidade de aumentar a sua dívida, por falta de tesouraria, para pagar os respetivos dividendos”, acrescentou.

Rui Medeiros afirmou que, durante as negociações com o sindicato, a EDA “argumentou que os trabalhadores têm que ser prudentes nos aumentos para não colocar em causa a sustentabilidade da empresa e, como tal, [o aumento] não pode ir além de 1% em 2022”.

Para o responsável do SIESI, assiste-se a “todos os condimentos para poder vislumbrar uma intenção de baixar custos com o trabalho para poder continuar a remunerar os acionistas de uma forma quase obscena”.

Rui Medeiros afirmou que a atual administração da empresa tem manifestado “falta de diálogo com o sindicato, não ouvindo as reivindicações e aspirações justas dos trabalhadores”.

Por isso mesmo, “pela primeira vez , ao longo de cerca de quatro décadas, o SIESI viu-se obrigado a solicitar a intervenção da Direção dos Serviços do Trabalho para promover uma reunião”, visando promover a prevenção de conflitos de trabalho, frisou.

Rui Medeiros referiu ainda que num plenário dos trabalhadores da EDA “já se falou à boca cheia em iniciar outras formas de luta”, como por exemplo a greve ao trabalho suplementar.

O responsável considerou que a distribuição de dividendos “não devia ser feita com essa dimensão”, sendo que a EDA “já se deveria ter preparado em termos de investimentos” com estes valores.

O Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI) exige um aumento salarial de 40 euros para os trabalhadores da Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA), que admitem fazer greve às horas extraordinárias.

A informação foi prestada pelo dirigente sindical Rui Medeiros numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, apó…





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