27 de Abril de 2022
Projeto de 2,5 milhões de euros vai desenvolver novos métodos para detetar outras Terras no Univers
Lusa

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Um investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) lidera um projeto financiado em 2,5 milhões de euros pelo European Research Council que visa desenvolver novos métodos de análise e “abrir caminho” para a deteção de outras Terras.

Em comunicado, o IA revelou ontem que o European Research Council (ERC) atribuiu uma Advanced Grant, com um financiamento de 2,5 milhões de euros, ao projeto FIERCE que, nos próximos cinco anos, visa desenvolver novos métodos para a deteção de outras Terras no Universo.

Liderado pelo investigador Nuno Cardoso Santos, da equipa de Sistemas Planetários do IA, o projeto pretende criar novos métodos de análise de dados para “modelar e caracterizar as causas do ruído estelar”, o que permitirá “abrir caminho à deteção da Terra 2.0”.

“Apesar dos progressos recentes, ainda não foi possível identificar exoplanetas realmente semelhantes à Terra, à distância certa da sua estrela para serem temperados, com água líquida à superfície e uma atmosfera de nitrogénio e oxigénio”, salienta o instituto.

Citado no comunicado, Nuno Cardoso Santos, também professor na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), afirma que o projeto vai permitir “detetar e estudar outras Terras, a orbitar outros sóis, utilizando instrumentos como o espetrógrafo ANDES [desenvolvido para o ELT do Observatório Europeu do Sul (ESO) e previsto entrar em funcionamento em 2030.]”.

“Estes métodos serão fundamentais para que se possa estudar em detalhe os planetas rochosos hoje detetados, bem como os que serão descobertos por missões espaciais futuras, como a PLATO, da Agência Espacial Europeia”, acrescenta Nuno Cardoso Santos.

No projeto, os investigadores vão abordar o problema do ruído estelar “de um novo ângulo”.

Para isso, está prevista a construção de um telecopio que, intitulado PoET, irá ligar-se ao espetrógrafo ESPRESSO [instalado no Observatório do Paranal do ESO] para estudar o Sol, usando-o como exemplo para identificar e compreender “as fontes do ruído que afetam os dados obtidos para outras estrelas do tipo solar”, esclarece o IA.

Um investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) lidera um projeto financiado em 2,5 milhões de euros pelo European Research Council que visa desenvolver novos métodos de análise e “abrir caminho” para a deteção de outras Terras.

Em comunicado, o IA revelou ontem que o European Research Council (E…





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