27 de Janeiro de 2022
Greve na Atlânticoline cancelou 26% das viagens de janeiro
Lusa

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A greve dos trabalhadores ligados à parte operacional da Atlânticoline, obrigou ao cancelamento de 36 viagens desde 1 de janeiro, “representando 26% do total de ligações marítimas previstas”, revelou ontem a empresa pública.

A paralisação convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (SIMAMEVIP) arrasta-se desde dezembro e há já um novo pré-aviso de greve para o mês de fevereiro, segundo avançou à agência Lusa o dirigente sindical Clarimundo Baptista.

De acordo com informações avançadas à Lusa pela Atlânticoline, empresa de transporte marítimo entre ilhas, “entre 1 e 25 de janeiro, foram canceladas 36 viagens devido à greve, o que representa 26% do total das viagens previstas nesse período”.

Em relação à percentagem de colaboradores que estão a fazer greve, a empresa sublinhou que a adesão não é “linear”, já que a maioria dos colaboradores faz a paralisação “apenas em algumas viagens”.

“Dos 105 trabalhadores do universo da empresa, 26 já fizeram greve em algum momento, o que representa 25% do total de trabalhadores”, segundo os dados enviados à Lusa pela Atlânticoline.

A empresa lembra que os navios têm um certificado de lotação de segurança e “basta um dos marítimos escalados não se apresentar ao trabalho para que a viagem seja cancelada”.

Desde o início da greve, a 1 de dezembro de 2021, “foram canceladas 50 viagens” devido à greve, ou seja, “17% das viagens previstas”.

Para o período de greve foram definidos serviços mínimos diários.

Assim, são “assegurados todos os serviços necessários à realização das operações de transporte determinadas por situações de emergência”, designadamente de urgência hospitalar, naufrágio, intempérie ou outras situações de força maior, entre as ilhas do Faial, Pico e São Jorge.

Para o período da greve foram definidos como serviços mínimos as viagens da Linha Azul Horta/Madalena/Horta (duas viagens diárias, com saídas da Horta às 7h30 e às 17h15).

Foram também definidas como serviços mínimos as viagens da Linha Verde Horta/Madalena/Velas (saída da Horta às 9h00).

Contactado pela Lusa o dirigente sindical, Clarimundo Baptista, destacou que há “uma adesão significativa” dos trabalhadores à paralisação, lamentando que a empresa continue a não admitir o pagamento de retroativos das negociações dos aumentos salariais a partir da data que produzem efeito, ou seja, abril de 2021”.

“Lamentamos os transtornos e não queremos causar sofrimento, nomeadamente aos doentes que vêm do Pico para tratamentos no Faial. Temos fé que a situação se resolva”, sublinhou Clarimundo Baptista.

O Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca reitera, no entanto, as criticas à empresa Atlânticoline.

“O máximo de horas extraordinárias é 200 e a empresa usa em média 600 a 700 por trabalhador. Como é que uma empresa que é do Estado quer enganar o Estado, ocultando trabalho extraordinário?”, apontou Clarimundo Baptista.

A Atlânticoline solicitou ao Conselho Económico e Social dos Açores (CESA) uma “arbitragem obrigatória” devido ao “impasse” negocial com o Sindicato.

A greve dos trabalhadores ligados à parte operacional da Atlânticoline, obrigou ao cancelamento de 36 viagens desde 1 de janeiro, “representando 26% do total de ligações marítimas previstas”, revelou ontem a empresa pública.

A paralisação convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de V…





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